O Voo da borboleta.
Do ovo sai a
lagarta. Ela vive. Devora vorazmente as folhas das plantas. Sabe por instinto
que algo vai ocorrer brevemente e que vai fazê-la ser o ápice de uma das mais
belas transformações que o mundo conhece.
Certo dia
era para.
Fixa-se em
algo.
Espera.
No silêncio
do tempo, a Mãe natureza move suas forças desconhecidas.
Então sua
majestade, a borboleta, eclode.
Verde, azul,
amarela, que importa! É linda!
Mas como?
Como?
O cientista
analisa com sua sapiência e sentencia: é genético! Óbvio. Está provado.
Sim, está
provado.
Então surge
um senhor desconhecido. Com sorriso leve, encantador. Roupas simples, olhar
penetrante, mas cheio de compaixão.
Ele diz
simbolicamente:
Todos
os dias centenas de lagartas se transformam na beleza que é a borboleta. É algo
raro que nosso Deus criou, não para o deleite de nossos olhos, mas para a reflexão
do espírito. Homens transformem-se como a borboleta.
Sejam
belos por dentro. Onde houver beleza há paz, há alegria e há motivação para um
viver sem as amarras do desejo.
O cientista
cético retrucou:
Bobagem,
tudo se explica na química da genética. Espírito não tem forma e não pode ser
comprovado.
O senhor
pensou, baixou a cabeça, depois a volveu para o alto e, em tom de humildade
exclamou:
Pai,
quanto tempo mais o homem irá permanecer na escuridão de sua própria limitação!
Então olhou
para o cientista e disse em voz “doce” e com ternura:
Louvados
sejam vocês que duvidam, pois serão conduzidos à verdade! Deus quer que assim
seja para nosso maior engrandecimento espiritual.
O ancião
virou-se e se foi.
O cientista
tentou detê-lo, mas em vão.
Logo, em sua mente, percebeu um fato curioso: quando o homem
primitivo viu a faísca pela primeira vez, pensou na possibilidade de produzir a
luz através do fogo.
Então a
borboleta voou rumo aos céus........
Prof.
Alexandre Sirieiro