HOLÍSTICO







O Tempo e o Ser Humano.

Estamos acostumados ao tempo terreno. Queremos modificações e, de fato, muitos lutam por elas. Às vezes logramos êxito, mas não vemos os resultados práticos. Parece que falta algo. O que será?
A famosa frase “a natureza não dá saltos” pode explicar esse estado de ansiedade. Quando falamos de natureza estamos nos referindo ao Universo todo. Vejamos a aplicação dessa Lei Cósmica em um contexto amplo. Os planetas e demais astros levam bilhões de anos para se formarem definitivamente,  e mais tantos bilhões para desaparecerem e se tornarem outros astros ou poeira cósmica. Isso já foi confirmado pela astrofísica.
O ser humano para chegar onde está levou milhões de anos no desenvolvimento de seu intelecto. Não fosse pelo livre arbítrio “teimoso”, possivelmente já teria alcançado uma condição moral mais elevada. Mas mesmo isso está de acordo com a Lei. O tempo Cósmico.
A mente humana acumula conhecimentos através da experiência que a leva a aprimorar-se vivenciando cada passo de sua evolução. E o que é mais fascinante, essa evolução individual interfere positivamente na evolução coletiva – de outros ao seu redor. Assim tudo está como deveria está, não havendo dúvida quanto a Justiça Divina.
Somos seres capazes de manifestar o que já está na Mente Cósmica e como tal devemos ser construtivos, mas no sentido altruísta, e quando destruímos temos que reparar e nisso reside a sensação de lentidão face à nossa ânsia de buscar  a paz interior impedida de se manifestar por decisões equivocadas. Desse modo, adiamos nosso progresso e a percepção cósmica dele.
Estamos construindo nosso universo interior a cada instante , melhor dizendo, estamos descobrindo nosso universo interior que já se encontra pronto desde quando fomos criados pelo Cósmico. Como isso acontece no plano maior da consciência, não sabemos, mas para nossa melhor vivência é bom nos convencermos que a natureza cósmica não dá saltos e tudo que devemos descobrir sobre nós vem a seu tempo que não é o tempo terreno.
E até lá vamos sofrer as dores do espírito e da matéria? Dor é uma palavra que não existe em sua expressão Cósmica. A dor é a ausência da harmonia, uma violação ou um conflito com alguma Lei Cósmica. Por isso ela é relativa. Para uns a dor não existe em seu sentido humano, como é o caso dos grandes espíritos que se dedicaram e outros que dedicam à missão da caridade.  Alcançar esse estado de compreensão é o primeiro passo e concomitantemente buscar conhecimentos  para  aplicarmos as Leis Cósmicas em nosso próprio benefício. Por exemplo, na Lei Cósmica o ódio não existe, se sabemos disso precisamos nos esforçar para cumprir a “Lei do perdão – que é um estado de espírito”. Com essa atitude se elimina muitos conflitos e, consequentemente, muitas dores inclusive físicas. E assim por diante, com paciência e determinação vamos, passo a passo, nos harmonizando com as Leis Divinas ou Cósmicas e veremos que a natureza não dá saltos mesmo.
E não há nada de errado nisso, pois a criação é um ato de descoberta e “montagem” de um universo cada vez mais harmônico tão próximo possível do próprio detentor deste Universo que é Deus.
Que o amigo leitor possa refletir obre essas considerações e alcançar mais progresso em sua vida.


Alexandre Sirieiro 






Os pensamentos atuam em outras dimensões.

Foi dito no artigo anterior que nossa mente está onde pensa-mos.
Os pensamentos vibram em di-versas faixas de ondas eletro-magnéticas.
São forças poderosas e qualquer pessoa que esteja numa determi-nada faixa de ondas de pensa-mento, em se harmonizando com ela, geralmente passa a receber a influência do pensamento rei-nante naquela faixa.
Como todos os seres humanos pensam, temos uma variedade de faixas vibratórias de pensa-mentos coletivos.
Por isso diz-se que somos e atraímos conforme pensamos.
O caro leitor já não teve ocasião de se surpreender com determi-nado comportamento mental que repentinamente o colocou ou em estado de desgaste ou em esta-do de ânimo?
Já parou para analisar que nesse momento você pode ter se har-monizado com determinadas fai-xas de pensamento coletivo?
Daí por diante esses pensamen-tos atuam no cérebro fazendo-o emitir ondas elétricas de estímu-los às nossas glândulas que lan-çaram hormônios – neurotrans-missores - de acordo com a “tensão” do pensamento.
É a mente ou pensamento atuan-do no físico.
No livro “Nos Domínios da Me-diunidade”, vemos que este fenô-meno tão corriqueiro é uma for-ma de mediunidade.
Porém manter-se vigilante o tem-po todo é uma tarefa que exige disciplina e, acima de tudo, a compreensão desse fenômeno. Essa questão é tão importante que existe uma famosa frase que nos adverte: “orai e vigiai”.
Nesse caso, vigiar o que pensa-mos é fundamental para uma harmonização nos cause paz de espírito.
Outro fator atua de maneira acentuar a força do pensamento. São as emoções.
Toda emoção procede de um pensamento e este é profunda-mente acentuado por ela.
Portanto, pensamento e emoção andam juntos. Daí a importância de evitarmos fortes emoções tais como ódio, raiva, ciúme e tantas outras.
Elas procedem de pensamentos que por sua vez procedem de nossos conceitos, e este é o re-sultado do nosso estado evoluti-vo.
É uma rede bem definida, mas que o ser humano não percebe. Estamos falando da raiz de todos os pensamentos que emitimos. Por isso é tão importante exerci-tarmos o que aprendemos para atacar a raiz do problema e não ficar em guerra com pensamen-tos que são a manifestação de nossas intenções interiores que precisam ser revistas à luz da ética Cristã.
Certamente isso dá trabalho, mas quando iniciamos a jornada do aperfeiçoamento, a cada mo-mento de êxito tudo vai ficando mais fácil.
Não há outro caminho para a paz interior e a evolução que não se-ja esse.
Mas como emoções e pensa-mentos são forças eletromagnéti-cas, elas atuam em outras di-mensões.
Daí dizer-se que o pensamento e as emoções “se espalham”.
Em dimensões extrafísicas não existem barreiras materiais e nis-to reside o fundamento das afini-dades.
Pensas bem e estarás bem, pen-sas mal e estarás mal.
Educar nossa mente é fator pri-mordial para adquirirmos paz e progresso.
Muita paz!
Prof. Alexandre Sirieiro.

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Entidades de outros planos.


É comum às pessoas recorrerem às entidades desencarnadas (santos, espíritos diversos) em busca de algum milagre ou algo que as façam parar de sofrer ou minimizar seus sofrimentos e ainda com pedidos de graças a serem concedidas em troca das chamadas “promessas”. Isto o fazem pensando que tais entidades possuem super-poderes ou são capazes de realizar tais milagres. Seria isso uma verdade? Como explicar os pedidos supostamente atendidos por “santos”?


O espiritualismo nos ensina que nós, espíritos, estamos em permanente progresso ético moral e que existem aqueles espíritos com elevado grau de evolução por terem se submetido a vontade de Deus e comungaram com o Cristo através da aplicação de seus vários ensinamentos. Tais entidades são espíritos como nós, diferindo apenas no grau de adiantamento moral e com um extenso currículo de prestação de serviços úteis a humanidade. Isso não faz deles seres com superpoderes capazes de intervir na vida das pessoas para mudar suas experiências evolutivas. Ao contrário. Sabem que devem deixar o indivíduo aprender com suas escolhas para não errar mais. Auxiliam sim, mas não anulam as experiências individuais. Somente o ser pode optar por cessar sua dor e sofrimento e, para isso, conta com a ajuda dessas entidades mas principalmente desenvolvem em si mesmos a vontade de mudar e assim o fazem com as próprias forças e iniciativas.


E como explicar as chamadas “promessas” atendidas? Quando cremos em algo e estamos dispostos a lutar pelo nosso próprio progresso moral movemos forças interiores ainda desconhecidas pelo ser humano. Tão poderosa é essa força que nos conduz em direção à solução dos problemas, revitaliza células, cria um ambiente psíquico favorável, nos protege contra as investidas das trevas e nos coloca em harmonia com o Cósmico. Além disso, por estarmos harmonizados, criamos afinidades com espíritos bons – esses podem até estar sob o comando dos chamados santos e outros espíritos mais evoluídos – que certamente nos auxiliam, mas não intervém diretamente em nossa vida criando os supostos milagres.


O ser humano precisa acreditar mais em si mesmo. Possui forças tão poderosas quanto as atribuem a seres com superpoderes. O segredo de tais forças não está na capacidade de fazer milagres ou fenômenos extravagantes. É a força moral em si mesma que nos faz mover energias Cósmicas desconhecidas perfeitamente normais e que estão à nossa disposição.

Jesus com sua elevada moral se impunha e movia tais forças apenas com o poder da vontade. Ele é o ser máximo que temos conhecimento. Não usou da força para se libertar da cruz. Não se furtou ao cumprimento de seu testemunho. Vibrou em paz durante todo o tempo que esteve encarnado. Silenciou sua voz para dar ouvidos aos sussurros dos sofredores. E assim evidenciou o poder Cósmico que emana do Infinito como um canal perfeito para as variadas manifestações dessa força. E então em um gesto de advertência disse: “voz podeis fazer muito mais do que eu fiz” . Ele não mandou que buscássemos seperpoderes e milagres em entidades Cósmicas (espíritos desencarnados), mas nos deu a chave desses poderes para que façamos mais do que Ele fez.


Portanto, meu caro leitor, continue estudando, se corrigindo, suportando, lutando pelo seu bem e de todos, com paz e bondade, e verá brotar em ti um poder que nunca tivestes e que, sem necessidade de questionamento, usará para seu próprio benefício e de toda a humanidade.


Que a misericórdia Divina nos permita o melhor esclarecimento possível.



Muita paz.

Alexandre Sirieiro.
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A verdade não existe em si mesma.

Se eu lhe dissesse que vi um ser proveniente de outro planeta você até poderia aceitar essa idéia em consideração à minha pessoa, sem, no entanto, considerá-la verdade para você. Provavelmente aceitaria por se tratar de minha pessoa que para você é de confiança, mas não seria uma verdade. Portanto, na realidade eu passaria como mentiroso para você. Certo ou errado? Certo.
As verdades jamais o serão para qualquer ser antes que ele tenha elementos pessoais para comprová-las a si mesmo. Por convenção social e até religiosa tomamos as coisas que nos ensinam como verdades. Como seres humanos imperfeitos e em busca de alguma coisa, isso se torna uma necessidade, mas sem qualquer valor mais consistente para o indivíduo. Muitas vezes é mais conveniente aceitar as coisas que nos ensinam por considerá-las mais segura do que questioná-las e sair em busca de fundamentos pessoais para construir nossa própria verdade ou concepção das coisas.

Isso se torna um problema sério para quem realmente deseja evoluir. É como pedir um automóvel emprestado para realizar uma tarefa que temos que fazê-la periodicamente. Se não tivermos nosso próprio automóvel sempre seremos submissos ao automóvel alheio.

Faço tais reflexões para mostrar que o ser humano é infinitamente amplo, que vive limitado aos sentidos e que receia o novo ou ao desafio. Alguns fugiram a essa regra como Galileu, por exemplo, ao demonstrar que uma pena e um pedaço de pedra caem juntos. Ele provou que o que faz a pena cair mais devagar é a resistência do ar em relação à superfície da pena. Ele desafiou o senso comum e provou que as verdades não são tão verdadeiras como parecem.

Porque falo disso agora? Sempre tive minhas verdades. É claro que não as revelo a ninguém por serem pessoais, mas também me deixo às vezes me levar pelas verdades consensuais, o que limita minha evolução. Escrevo isso por ser tão importante e ao mesmo tempo de difícil compreensão, mas que pode mudar o rumo da vida de uma pessoa para um caminho seguro ao invés de mantê-lo em trajetórias cheias de dúvidas.

As dúvidas só desaparecerão quando confiarmos em nossa verdade. E por que não? A consciência de Deus é uma só e todos estamos nela. Por isso por que nossa verdade é errada e a dos outros é certa? Responda você mesmo.
Prof. Alexandre Sirieiro


A Tragédia Humana.

Vivemos dias de grandes catástrofes mundiais a respeito dos fenômenos naturais. São chuvas em excesso, seca em demasia, maremotos, terremotos e outros acidentes. Estamos no fim do mundo? Obviamente que não!. Mas o que está realmente acontecendo?

Em primeiro lugar é importante saber que o Planeta vive ciclos naturais que culminam com essas tais tragédias. Outro fato importante é o crescimento da população mundial que vem ocupando maiores espaços no Planeta. Não menos importante é são as ocupações irregulares, a poluição de toda ordem e a devastação e a alteração do ambiente natural. Juntando tudo isso, podemos encontrar uma resposta para tantas mortes em “desastres” naturais.

Com exceção do ciclo planetário de acontecimentos físicos geológicos, podemos apontar como a verdadeira tragédia a ação humana, o único fato gerador de tantas mortes. É o ser humano que invade, desmata, polui, cria miséria, induz à ocupações de áreas inadequadas etc. A ganância e a corrupção são os grandes motivadores por trás desse fenômeno. A insensatez da criatura humana – seja ele de qualquer classe social – o estão levando a tantas mortes violentas, dores atrozes e distúrbios psíquicos mentais.

Todos buscamos a paz, mas esquecemos de criar as condições para que ela exista. O leitor poderia argumentar que não tem o poder econômico e político das decisões que criam as calamidades, entretanto, não podemos nos esquecer que estamos inseridos no contexto terrestre por vínculos cármicos e, além da tragédia terrestre existe a interior de cada indivíduo, cujas ações provocam reações correspondentes e inspiram os outros a atitudes semelhantes. É assim que o ódio gera a perturbação, a falta de perdão gera a vingança, a ganância gera a miséria, a soberba gera a guerra e assim por diante.

Não podemos controlar o poder político e econômico, mas podemos controlar nossas condições internas. Muitos escapam às tragédias naturais e dizem que foi milagre. Engano! Foram suas próprias condições íntimas que os fizeram passar ilesos ante o desastre. O móvel do mundo é a mente, faça o bem e receberá o mesmo. A energia mental está em toda a parte, somos como antenas captando a todo o momento tal energia. Se promovermos nossa reforma interior, apontaremos nossa “antena” para tudo que é bom, influenciaremos os outros no caminho do bem e assim estará formada a grande rede de acontecimentos favoráveis. O oposto também é verdadeiro.

Então qual a verdadeira tragédia? A humana!

É certo que o sistema político e econômico em que vivemos faz dos homens que estão com o poder os maiores responsáveis pelas calamidades que presenciamos, mas esses só estão no poder por complacência nossa – com as devidas exceções – e o conjunto da humanidade responde por tudo que acontece.

Somente o progresso espiritual nos trará a verdadeira paz e proteção e, ainda que algo de ruim nos aconteça, saberemos aceitá-lo com resignação e esperança, pois em nossa escalada evolutiva aprendemos que as dores também são excelentes professores e por isso não sofremos como os outros.


Que a sua vida seja uma caminhada segura no terreno do bem.

Muita paz.

 
Alexandre Sirieiro.
 
Não somos o que pensamos que somos.

A mecânica quântica estabelece que os átomos são instáveis porque seus elétrons estão oscilando ao redor do núcleo. Disso conclui-se que a matéria é instável o que significa dizer que o que percebemos não é exatamente o que existe.
Sobre nós mesmos, a psicologia transcendental se utiliza de regressões à vidas passadas para  compreender os problemas apresentados pela criatura humana no em seu "inconsciente" . O que o consciente é acontece conforme os registros do inconsciente. Dessa forma podemos estudar o inconsciente para resolver reações tais como medo, aversão, antipatias, ódio etc.
O que pensamos de nós mesmo é resultado dos conceitos que temos formados em nossa memória como resultado de toda educação - entende-se educação como tudo que vivenciamos - , influência do ambiente, conceitos repassados, cultura etc. Com isso estabelecemos nosso ser ou existir.  Mas ignoramos que o existir é uma construção constante e encarcerada nos sentidos físicos, estamos limitados à suas percepções. E que percepções são essas? As do mundo exterior que irão formar as do mundo interior. Mas como tudo é instável, nossa impressão do mundo e, consequentemente, de nós mesmo não é verdadeira. Portanto, não conhecemos nem a nós mesmo. 
Não somos o que pensamos que somos. Tanto é que nos perguntamos: de onde viemos? porque estamos aqui? para onde vamos? Assim estamos nos surpreendendo a todo tempo com nossas atitudes. Basta uma reflexão profunda e veremos isso. 
Um outro fator é o pensamento, o mais real das realidades com que lidamos. O pensamento em si é energia eletromagnética e mais rápido do que a velocidade da luz. É através do pensamento que damos forma ao mundo exterior e toda ação humana começa pelo pensamento. Portanto, ao ignorarmos o que pensamos também contribuímos para nosso próprio desconhecimento sobre nós.
O professor e mestre da USP, Sérgio Felipe - que criou a cadeira medicina e espiritualidade na USP - vem estudando a glândula pineal e descobriu que ela estabelece um contato entre o mundo em que vivemos e a espiritualidade. O que desejo mostrar, afinal, é que entre a realidade física e de outras dimensões, estamos oscilando com nossos pensamentos, num mundo que não é real em que nosso consciente não revela quem realmente somos.
Pode parecer confuso, mas como nos fazer entender se as próprias palavras ao penetrar em nossas mentes assumem a forma e a imagem que lhes damos?
Pense nisso.


Razão e emoção.


As ciências mais tradicionais estão baseadas na razão para a comprovação do que elas consideram os fatos da vida e do universo. A emoção, por sua vez, é um sentimento que extrapola a razão e, por isso, podendo até anulá-la. A razão é algo lógico que se explica por si só e a emoção é dada como um sentimento cuja manifestação não segue os parâmetros da racionalidade e, portanto, sem valor científico. Essa abordagem não leva em conta o homem integral. O desconhecimento da natureza humana e do “poder racional” das emoções podem estar causando inúmeras interpretações equivocadas sobre a emoção humana.

Vamos a alguns fatos: como podemos ser levados à caridade se não estivermos envolvidos pela emoção da compaixão? Como uma mãe sacrificaria sua vida para salvar a de seu filho se não fosse a sublime emoção do amor? Como o cientista seria levado ao estudo intenso, desvendando o desconhecido, se não fosse a poderosa emoção de se sentir útil à humanidade? Esses três argumentos já seriam suficientes para afirmar que a emoção é fundamental ao progresso humano e à paz.

Por outro lado existem emoções destruidoras, a saber: o ódio que leva à doença e ao crime; a inveja que leva às perturbações psicológicas; o sensualismo que pode levar a uma vida desequilibrada etc.

A razão também tem seu lado negativo. A frieza das estratégias bem elaboradas para obtenção de poder e riqueza às custas da miséria dos menos favorecidos; os projetos traçados por um mandatário para subjugar povos e nações; a má fé bem planejada de pessoas que querem levar vantagens favorecendo a corrupção, etc.

Vemos que a razão pode ser tão destruidora e incoerente com a vida quanto a emoção. No mundo atual as neurociências, a biologia e a psicologia tratam a emoção como algo tão palpável, do ponto de vista da eficácia de sua atuação no ser humano, como a razão o é para o método de pesquisa científica.

Em nossa visão espiritualista sabemos que a emoção funciona como uma espécie de “imã” em nossa vida atraindo coisas boas ou más. Sabemos também que através das emoções podemos abrir um canal de atração para bons ou maus espíritos. E ainda podemos definir a nossa vida pelo que sentimos, lembrando que o pensamento é motor gerador das emoções. Disso podemos concluir que não basta ser lógico em nossas atitudes, é preciso sensibilidade que só a emoção nos dá.

Combater as emoções negativas é tão importante quanto combater uma intenção bem racionalizada para prática de ações destruidoras. Mas cativar emoções de perdão, de solidariedade, de altruísmo, de compaixão dentro dos limites de uma razão baseada nas nossas possibilidades e limitações, é terapêutico e harmonioso. Podemos agora compreender que a razão e a emoção devem conviver juntas sempre em harmonia com as Leis Cósmicas. Pela razão poderemos determinar a qualidade de nossa emoção.

Como seres dotados da razão não devemos ignorar nosso eu integral mas estudar sempre e sempre e nos esforçar para a prática do que aprendemos.

Que todos possam ter uma visão ampla de si para viver a agradável emoção da paz interior.
Muita paz.
Alexandre Sirieiro.
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Mudança de atitudes


Estamos acostumados aos hábitos que impomos a nós mesmos ao longo da vida. Esses hábitos foram construídos através de modelos que nos ofereceram desde o ambiente familiar até as influências da sociedade. Muitos desses hábitos geram sentimentos negativos por acharmos que somente nós temos a verdade e a razão, esquecendo que o outro também tem seus hábitos que, da mesma forma que nós, pensam serem os mais corretos. Com isso estabelecemos padrões de comportamentos com bases frágeis e que nos leva vez ou outra ao conflito com os nossos amigos, pais, parentes, filhos etc. Mas como saber se estamos certos?
Esta indagação é de fácil resposta. Guardamos em nossa consciência a noção do que é útil e do que é prejudicial a nós e aos outros. Como Cristãos os também aprendemos que Deus registrou em nossa consciência as suas Leis. Quando infligimos uma dessas Leis logo vem o que chamamos de peso de consciência, muitas vezes precedida pelo remorso. Os mais insistentes nem mesmo sentem remorso e continuam com seus delitos atraindo para si cada vez mais situações embaraçosas. Desse modo vamos vivendo alternando nossas emoções e estado de espírito entre o bem estar e desconforto.
Entretanto, quando a doença e desgraça bate à nossa porta caímos em desespero e partimos para busca do Divino. É então que muitos chegam às religiões em busca de respostas, conforto espiritual e soluções para seus problemas. A Doutrina Cristã nos revela que somos os únicos responsáveis pelas nossas dores e sofrimentos. Nos aponta o caminho a seguir com base nas lições morais de Jesus e nos convida a uma mudança de atitudes. Ocorre, no entanto, que estamos tão viciados em nossa maneira de viver e interpretar a vida que, na maioria dos casos, sucumbimos e abandonamos os estudos da Doutrina e suas práticas saudáveis. Quando isso acontece vamos buscar apoio em outros lugares na ilusão de encontrar aquele que mais conivente seja com nossas interpretações equivocadas. Daí, muitas vezes nos sentimos confortáveis ao nos confessarmos diante de uma “autoridade” eclesiástica ou adquirindo o perdão por meio da vinda de Jesus ao mundo com esse propósito, também equivocado.
Quem já conhece bem os preceitos Cristãos e percebeu suas propostas através dos estudos, reconhece que a verdadeira paz e liberdade consistem na mudança de nosso modo ver o mundo, de pensar, de sentir e de nos enquadrarmos na totalidade das Leis de Deus. Ou seja, na mudança de atitudes. Sem isso continuaremos caminhando no vale das sombras de nossa mente enferma a nos impor atitudes desarmônicas que nos escravizam e nos causam até mesmo doenças graves.
A humanidade está vazia de atitudes Cristãs muito embora grande parte dela se declare Cristã. É necessário ter a coragem para rever nossas atitudes e passá-las pelo crivo da razão baseadas nos ensinamentos de Jesus. Sem essa iniciativa estaremos sempre em guerra com a nossa consciência. E é na consciência que podemos inicialmente buscar a saída para nossos infortúnios quando escutamos sua “voz” a nos apontar o caminho certo.O caminho do perdão, do desapego das coisas materiais, da aceitação do mundo e da imposição a nós mesmos de hábitos que estão em harmonia com as propostas regeneradoras de Jesus de Nazaré.
E assim, caminhando lentamente, porém de modo seguro, é que aos poucos vamos mudando de atitudes sempre tendo em mente que tudo passa nesta vida e na eternidade do existir vamos encontrar a paz duradoura que nos tornará seres felizes completamente mudados em nossas atitudes.
Que o leitor possa ter uma boa jornada e partir de agora fazer uma análise de si mesmo para então iniciar seu processo de mudança.
Muita paz.
Alexandre Sirieiro.



Cogito Ergo Sum. Uma Reflexão.
O título acima foi proposto pelo eminente filósofo e cientista francês do século XVI e significa “ Penso, logo existo” .

Pensar e existir. Será que o sentido da vida humana está no pensar? E o pensar é a vida em si mesmo? É possível imaginar a vida consciente sem que haja o pensamento? E as outras formas de vida, como seriam?

Em se tratando da humanidade, o pensar é um atributo da consciência associada à razão. Mas numa análise prática sob a visão da espiritualista, o pensamento aliado ao sentimento nos conduz à importantes reflexões. Vamos a algumas delas:

- Sei, meu Pai, que sou impuro por que meu espírito ainda viola Vossa Leis;

- Sofro, Senhor, pela minha imprudência em não ouvir a voz interior que sussurra com seus mais elevados apelos;

- Vacilo, meu Criador, em minhas atitudes por que insisto em me embriagar no mundo das sensações;

- Fiquei cego, Deus meu, quando escureci meus olhos interiores ignorando que a morte á o portal para a vida e que o mundo da matéria se desintegra como ferro na fornalha ardente;

- Troquei, querido Altíssimo, a paz interior pelas ilusões da carne que se esvaecem quando o espírito abandona o corpo;

- Fiquei surdo ao Vosso chamado de retorno à Sua Consciência, quando substitui meus valores éticos cristãos pela volúpia que há no poder a na riqueza;

- Caí, Mestre de todo Universo, quando não tive a coragem de ver a luz que vem do leste de minha consciência a indicar a trilha a seguir neste Planeta de provas e expiações;

- Caminho nas trevas da ignorância, sofrendo as dores de minha teimosia por que meu orgulho e minha insistência em ver uma realidade que não existe e que está fora de meu ser, induz-me à competição desenfreada pelo ter, esquecendo-me de ser.

Sei, Deus de meu coração, que sofro, que vacilo, que fiquei sego, que troquei a paz pela guerra, que fiquei surdo ao Seu chamado, que caí e permaneço caído e que caminho por entre a escuridão. Tudo por que eu quero.

Mas em Tua infinita bondade, ainda assim, concede-me a vida, a oportunidade de ver a luz e de existir pensando sempre no progresso e por ele lutando sem tréguas.

Você, querido leitor, que pensa que tudo está perdido e que o mundo desabou sobre si, não tenha dúvidas, sua falta de fé pode estar no seu modo de pensar. Quando pensa, movimenta a vida dentro e fora de si. Portanto, a vida está em suas mãos. Pense e exista, mas pense sempre positivamente apesar de todo caos. Este é parte da existência humana equivocada e não propriamente a sua existência.

Que a fé pura se instale em seu pensamento.
Muita paz.
Alexandre Sirieiro.